África e os africanos em sala de aula: uma análise da Coleção “Aprender juntos” de história do Plano Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD) de 2023
DOI:
https://doi.org/10.69843/rir.v20i2.77005Palavras-chave:
Livro didático, Ensino de História, História da ÁfricaResumo
Ao analisarmos uma produção didática voltada ao ensino de História, em especial o livro didático, não se pode concluir que os conteúdos ali compreendidos representam uma mera exposição aleatória de momentos históricos e valores. O material didático em questão é construído a partir de diretrizes legislativas e normativas, bem como do emprego de metodologia recomendada pelo corpo pedagógico organizador, tal como estabelece a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Portanto, o presente artigo pauta-se na análise de um dos livros didáticos aprovado no Plano Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD) 2023, voltado ao ensino fundamental, sobretudo em relação ao recorte historiográfico da “História da África”, a fim de investigar as bases que fundam o ensino de tão importante conteúdo na compreensão e formação de uma consciência que permitam aos educandos compreender a gênese das mazelas sociais, através da conexão com a identidade de cada um deles. Para tanto, a metodologia empregada se traduz na análise bibliográfica das principais obras de Circe Bittencourt e Maria Auxiliadora Schimdt, como norte para a contraposição crítica à noção mercantilista prevalente no sistema editorial e como base no confronto entre a obra analisada e a noção de adequação à realidade social dos educandos a ser encarada pelo professor. Ao final, foi possível identificar a pertinência do método de aprendizado ativo adotado pela coleção analisada, bem como o cabimento da utilização de imagens e questionamentos articulados, de modo a promover maior interação do educando com o texto.
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