Desenvolvimento profissional docente e diretrizes para formação de professores no Brasil: uma reflexão crítica
DOI:
https://doi.org/10.69843/rir.v20i3.76974Palabras clave:
Desenvolvimento Profissional Docente. Diretrizes para Formação de Professores. Professores da Educação Básica.Resumen
Fez-se uma análise da concepção de Desenvolvimento Profissional Docente (DPD) que aparece nas Diretrizes Curriculares Nacionais, para a Formação dos Professores da Educação Básica. O objetivo foi compreender a concepção do DPD presente no contexto das Resoluções CNE/CP n.º 2/2015, CNE/CP n.º 2/2019 e CNE/CP n.º 1/ 2020. A metodologia se fundamenta na epistemologia dialético-materialista e no enfoque qualitativo da investigação educacional. No plano operacional, usaram-se a pesquisa documental e a pesquisa bibliográfica. A primeira, para a exploração das Resoluções estudadas, e a segunda para a extração dos resultados dos artigos tomados como fontes de evidências. Nos resultados, se destaca uma concepção do DPD como uma prática profissional complexa, contraditória e duradoura, já que abarca um antes, um durante e um depois da formação inicial. A discussão permitiu revelar que a partir de 2015, o conceito de DPD e as Diretrizes Curriculares para Formação de Professores no Brasil foram-se deteriorando, numa submissão às políticas neoliberais impostas pelos organismos internacionais. As conclusões ressaltam que é necessário retomar a centralidade do trabalho docente e sua sustentação numa política de DPD vinculada à valorização profissional como estratégia de enfrentamento das políticas neoliberais.
Descargas
Citas
BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE/CP nº 02/2015, de 1º de julho de 2015. Define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial em nível superior (cursos de licenciatura, cursos de formação pedagógica para graduados e cursos de segunda licenciatura) e para a formação continuada. Disponível em: https://normativasconselhos.mec.gov.br. Acesso em 01 fev. 2023.
BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE/CP nº 02/2019, de 20 de dezembro de 2019. Define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial em nível superior (cursos de licenciatura, cursos de formação pedagógica para graduados e cursos de segunda licenciatura). Disponível em: https://normativasconselhos.mec.gov.br . Acesso em 02 fev. 2023.
BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE/CP Nº 1, de 27 de outubro de 2020. Dispõe sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Continuada de Professores da Educação Básica e institui a Base Nacional Comum para a Formação Continuada de Professores da Educação Básica (BNC-Formação Continuada). Disponível em: https://normativasconselhos.mec.gov.br. Acesso em 02 fev. 2023.
BRASIL. MEC. LDB - Lei nº 9394/96, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da Educação Nacional. Brasília: MEC, 1996. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm Acesso em 05 jan. 2023.
CELLARD, André. A análise documental. In: POUPART, Jean et al. A pesquisa qualitativa Enfoques epistemológicos e metodológicos. Trad. Ana Crístina Nasser. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008. (Coleção Sociología)
DAY, C. Developing Teachers: the Challenges of Lifelong Learning. London: Falmer Press, 1999.
DERONCELE ACOSTA, Angel. Competência epistémica: rutas para investigar. Revista Universidad y Sociedad [online]. 2022, vol.14, n.1, pp.102-118. Epub 10-Feb-2022. ISSN 2218-3620.Disponível em: http://scielo.sld.cu/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S2218- 36202022000100102&lng=e
DOURADO, Luiz Fernandes. Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial e continuada dos profissionais do magistério da educação básica: concepções e desafios. Revista Educação & Sociedade. Campinas, v. 36, no 131, p. 299-324, abr-jun., 2015. Acesso em: 04/01/2018.
DOURADO, Luiz Fernandes. Valorização dos profissionais da educação: Desafios para garantir conquistas da democracia. Revista Retratos da Escola, Brasília, v.10, n.18, p.37-56, jan./jun. 2016. Disponível em: . Acesso em: 26. Set. 2017.
FIORENTINI, Dário; CRECCI, Vanessa. Desenvolvimento Profissional DOCENTE: Um Termo Guarda-Chuva ou um novo sentido à formação? Formação Docente. Belo Horizonte, v. 05, n. 08, p. 11-23, jan./jun. 2013. Disponível em: file:///C:/Users/adeni/Downloads/74-Texto%20do%20artigo-208-212-10-20180703.pdf Acesso em: 23 mar. 2023.
GUIRAO GORIS, Silamani J. Adolf. Utilidad y tipos de revisión de literatura. Revista Ene., Santa Cruz de La Palma , v. 9, n. 2, 2015 . Disponível em: <http://scielo.isciii.es/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1988-348X2015000200002&lng=es&nrm=iso>. Acesso 18 jul. 2023. https://dx.doi.org/10.4321/S1988-348X2015000200002
HERNÁNDEZ SAMPIERI, Roberto; FERNÁNDEZ COLLADO, Carlos; BAPTISTALUCIO, María del Pilar. Metodología de la investigación (6° ed.). México: McGraw Hill Interamericana Editores S.A. de C.V., 2014. ISBN | DOI: 978-1-4562-2396-0.
LIMA, T. C. S. de . MIOTO, R. C. T. (2007). Procedimentos metodológicos na construção do conhecimento científico: a pesquisa bibliográfica. Revista Katálysis, 10 (spe), 37–45. Disponível em: Disponível em: https://www.scielo.br/j/rk/a/HSF5Ns7dkTNjQVpRyvhc8RR/?format=pdf&lang=pt Acesso: 02 dez 2023. https://doi.org/10.1590/S1414-49802007000300004.
MARCELO GARCÍA, Carlos. Formação de Professores para uma mudança educativa. Editora Porto, 1999.
MARCELO GARCÍA, Carlos. Las tecnologías para la innovación y la práctica docente. Revista Brasileira de Educação. Vol. 18 n. 52 jan.-mar. 2013. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbedu/a/z4gBfFYRyjk6MXfKzG3CmSb/?format=pdf&lang=es Acesso em: 30 mar. 2023.
MINAYO, Maria Cecília de Souza (Org.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Petrópolis: Vozes, 2016. 95 p. (Série Manuais Acadêmicos). ISBN 9788532652027.
MIZUKAMI, Maria da Graça Nicoletti. Aprendizagem da docência: algumas contribuições de L. S. Schulman. Revista do Centro de Educação da UFSM, v.29, n.2, 2004. Disponível em: <http://coralx.ufsm.br/revce/revce/2004/02/a3.htm>. Acesso em 20 mar. 2022.
NÓVOA, António. Conhecimento profissional docente e formação de professores. Revista Brasileira de Educação v. 27 e 270129 2022. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbedu/a/TBsRtWkP7hx9ZZNWywbLjny/?format=pdf&lang=pt
NÓVOA, António. Firmar La Posición como Professor. Cadernos de Pesquisa v.47 n.166 p.1106-1133 out./dez. 2017 1107. Disponível em: https://publicacoes.fcc.org.br/cp/article/view/4843/pdf_1
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS - UNESCO. Reimaginar nossos futuros juntos: um novo contrato social para a educação. – Brasília: Comissão Internacional sobre os Futuros da Educação; Boadilla del Monte: Fundação SM, 2022. Disponível em: https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000381115 Acesso em: 23 mar. 2023.
SÁ-SILVA, Jackson Ronie; ALMEIDA, Cristóvão Domingos de; GUINDANI, Joel Felipe. Pesquisa documental: pistas teóricas e metodológicas, 2009. Revista Brasileira De História & Ciências Sociais. Disponível em: https://periodicos.furg.br/rbhcs/article/view/10351
SCHON, Donald A. Formar professores como profissionais reflexivos. In: NÓVOA, António. (Org.). Os professores e sua formação. Lisboa: Dom Quixote, 1992. p.78-91.
SELBACH, Paula Trindade da Silva; LUCE, Maria Beatriz. As políticas de desenvolvimento profissional do docente universitário em cinco universidades federais do Sul do Brasil: concepções e desafios. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, 103 (264). May. - Ago.2022. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbeped/a/DqkYqgmPHNGDKpXZJNGGfJL/?lang=pt
RODRÍGUES JIMÉNEZ, A; PÉREZ JACINTO, A. O. (2017). Métodos científicos de indagación y de construcción del conocimiento. Revista Escuela de Administración de Negocios, (82), 175–195. Disponível em: https://journal.universidadean.edu.co/index.php/Revista/article/view/1647 . Acesso: 03 fev 2023. https://doi.org/10.21158/01208160.n82.2017.1647.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Os artigos encaminhados para publição na revista ITINERARIUS REFLECTIONIS deverão ser originais e não publicados ou propostos para tal fim em outra revista. Aceitam-se artigos escritos em Português, Espanhol e Inglês. A revista ITINERARIUS REFLECTIONIS se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores. As provas finais não serão enviadas aos autores. Texto sobre Copyright do conteúdo da Revista.