Sentidos (inter)ditados
os livros didáticos de Sociologia e o silenciamento sobre as explicações naturalizadoras fora do senso comum
DOI:
https://doi.org/10.5216/rir.v18i1.66283Resumen
o artigo busca identificar como os livros didáticos de Sociologia concebem a desnaturalização das explicações sobre a realidade social. Para tal, à luz da análise do discurso de filiação pecheutiana, ancorada no materialismo histórico-dialético, analisa-se o discurso dos seis livros didáticos de Sociologia aprovados e recomendados pelo Programa Nacional do Livro Didático de 2015 acerca da desnaturalização como princípio epistemológico. Ao longo do estudo, demonstra-se que os livros didáticos de Sociologia materializam um discurso que silencia sobre a existência de explicações naturalizadoras da realidade social situadas também no campo da filosofia e da ciência. Assim, conclui-se afirmando que, ao proceder dessa forma, os livros didáticos de Sociologia acabam alinhando-se com a Formação Ideológica Cientificista, representada na linguagem pela Formação Discursiva Positivista, segundo a qual a ciência é não apenas uma forma de conhecimento, mas a única forma verdadeiramente válida.
Palavras-chave: Ensino de Sociologia. Livro didático. Desnaturalização.
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