O debate da filosofia crítica da tecnologia no ensino médio integrado profissional
Estratégias para uma Educação humana, crítica e libertadora
DOI :
https://doi.org/10.5216/rir.v18i1.64199Résumé
O artigo apresenta os primeiros resultados de uma pesquisa que busca esclarecer de que maneira o conceito de tecnologia é percebido e representado por um grupo de estudantes do segundo ano, do curso de meio ambiente, do ensino médio integrado profissional, do Instituto Federal de Alagoas – IFAL, no âmbito do Programa de Pós-graduação em Educação Profissional e tecnológica - ProfEPT. O objetivo do trabalho é propor uma reflexão crítica do conceito de Tecnologia no ensino de Filosofia do Ensino Médio Integrado, visando relacionar a natureza das escolhas tecnológicas e suas consequências para o meio ambiente e para o bem estar coletivo nas sociedades contemporâneas. O referencial teórico estabelece um diálogo entre as reflexões sobre a educação profissional e tecnológica, o ensino médio integrado e os conteúdos apresentados pela filosofia crítica da tecnologia, buscando esclarecer as relações existentes entre educação, trabalho, capital e tecnologia. A pesquisa segue uma abordagem qualitativa com perspectiva socialmente crítica, uma vez que sua intenção não é apenas uma melhoria curricular, mas promover a construção de um mundo mais justo e democrático a partir do estímulo a participação política nas escolhas tecnológicas. Por meio da Filosofia Crítica da Tecnologia tencionamos criar espaços de debate sobre I) as relações de poder estabelecidas pelo capital e as escolhas tecnológicas, percebendo os benefícios da participação política como fonte de controle dos processos de desenvolvimento tecnológicos; II) Compreensão dos malefícios da exploração intensiva da natureza com o emprego de tecnologias não sustentáveis e de mudanças nas formas de trabalho, educação e na cultura e III) Entendimento que as tecnologias não são os artefatos produzidos por ela, mas o ato racional que planeja e possui intencionalidade para produzir e transformar a realidade e o modo de existência do homem, e, portanto, algo possível de questionamento e reflexão. Se alcançados os três objetivos acima romperemos com a percepção utilitarista, funcional e instrumentalista da tecnologia presente na visão de mundo de muitos estudantes do EMI e a filosofia crítica da tecnologia cumprirá sua função de contribuir para uma formação mais humana, crítica, autônoma e libertadora.
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