Possibilidades de mobilização subjetiva de estagiárias-clínicas no processo de escuta clínica do sofrimento no trabalho.
DOI:
https://doi.org/10.69843/rir.v18i2.65976Resumo
Com base no referencial teórico da Psicodinâmica do Trabalho, a presente pesquisa teve como objetivo verificar as possibilidades de mobilização subjetiva de estagiárias que atuaram na escuta clínica do sofrimento no trabalho de profissionais da saúde. Foram realizadas cinco entrevistas semiestruturadas e os dados submetidos à análise de conteúdo. O recorte foi um estágio em Clínica do Trabalho desenvolvido em um Serviço-Escola de Psicologia e o foco do estudo foi a vivência das estagiárias envolvidos nessa clínica. Os resultados mostraram que o trabalho de escuta das estagiárias-clínicas possibilitou o uso da inteligência prática, a constituição da supervisão como um espaço público de fala, o reconhecimento e a cooperação, o que contribuiu para que houvesse mobilização subjetiva. O estágio possibilitou que as estagiárias pudessem vivenciar as dificuldades do real do trabalho clínico, ao mesmo tempo em que experimentaram o sentimento de utilidade do seu trabalho de escuta, além de terem se sentido reconhecidas pelos coletivos de trabalhadores atendidos, pelos colegas e pela supervisora, potencializando sua segurança pessoal. Escutar o sofrimento no trabalho foi uma oportunidade de vivenciar a relação entre o individual e o social, permitindo o contato com diversos saberes e fazeres. Os Serviços-Escola, por meio do atendimento a diferentes públicos, podem oportunizar a vivência dos estágios para além do modelo tecnicista de aplicação de métodos e técnicas aprendidos em sala de aula e levar a uma atuação mais comprometida socialmente.
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