Educação inclusiva: como contraponto do atual sistema de ensino homogeneizador e meritocrático
DOI :
https://doi.org/10.5216/rir.v15i2.56916Résumé
Este artigo tem por objetivo expor pontos e contrapontos sobre a interpretação da precariedade da educação brasileira atribuída ao novo paradigma da educação inclusiva. Para tanto, apresenta-se discussões sobre a temática com base nos textos “O dualismo perverso da escola pública brasileira: escola do conhecimento para os ricos, escola do acolhimento social para os pobres”, de Libâneo (2012) e “O direito de ser, sendo diferente, na escola”, de Mantoan (2004). Diante dos textos supracitados, este trabalho expõe a seguinte questão norteadora: Será que a educação inclusiva é culpada por promover uma educação assistencialista em detrimento do ensino dos conteúdos sistematizados? A metodologia utilizada foi de pesquisa bibliográfica fundamentada nas postulações de Libâneo (2012), Mantoan (2004) e Zanardini (2014). Os resultados desse estudo demonstraram que a educação inclusiva representa quebra de paradigmas já consubstanciados pelo atual sistema de ensino homogeneizador e meritocrático, assim como, reestruturação da atuação dos profissionais da área. Verificou-se que os pressupostos da educação inclusiva têm sido usurpados pelos slogans neoliberais para camuflar a crise da educação no Brasil, dado que reflete uma ação paliativa de governo com objetivo de cumprir exigências de organismos multilaterais atendendo minimamente uma parcela da sociedade anteriormente excluída, uma vez que ao fragmentar a qualidade da educação a interesses de grupos, a questão deixa de ser uma luta de classe e passa a representar conquistas de alguns grupos outrora excluídos socialmente.
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