PROGRAMA MULHERES MIL: EDUCAÇÃO PROFISSONAL DESTINADA AO GÊNERO FEMININO
DOI:
https://doi.org/10.5216/rir.v12i1.36456Palabras clave:
Programa Mulheres Mil, Educação profissional, Gênero femininoResumen
Este artigo objetiva refletir sobre o Programa Mulheres Mil (PMM), uma política pública educacional inserida no Norte e Nordeste brasileiros em 2007 e expandida para todo o país em 2011, direcionada a mulheres com baixa escolaridade, em condição de vulnerabilidade, e voltada para a profissionalização do gênero feminino. Para tanto, apresenta uma explanação sobre a educação profissional no país, seguida de uma sucinta exposição sobre a questão do gênero feminino, acompanhada de uma breve análise do PMM. Diversos autores sustentam a discussão aqui desenvolvida, dentre eles Arroyo (2010), Frigotto (2009) e Kuenzer (2010) e (2007), para tratar da educação profissional; Alambert (1986), Haug (2006) e Saffioti (1999), para discorrer sobre o gênero feminino; e outros. As desigualdades sociais parecem nortear a educação profissional no Brasil, num processo de controle da exclusão, sobretudo no que se refere ao gênero feminino. Este, muitas vezes, acaba por ser duplamente oprimido, em razão de sua condição socioeconômica e também da discriminação sócio-histórico-cultural de gênero. Contudo, a construção de uma consciência coletiva da classe trabalhadora - assim como a inclusão de políticas sociais afirmativas de fato, em um cenário em que o Estado vá além das relações de mercado - pode favorecer uma reversão das relações de poder que envolvem o PMM e outras iniciativas similares, especialmente no que tange à educação profissional.
Descargas
Citas
ALAMBERT, Z. Feminismo: o ponto de vista marxista. São Paulo, Nobel, 1986.
ARNAUD, A. P. A. R.; SOUSA, F. P. Perfil Socioeconômico do Programa Mulheres Mil - IFPB - Campus Monteiro: expressão da questão social. VII CONNEPI, IFTO, Palmas, Tocantins, 2012.
ARROYO, M. G. Políticas educacionais e desigualdades: à procura de novos significados. Educ. Soc., Campinas, v. 31, n. 113, p. 1381-1416, out.-dez., 2010.
BERGER, P. L. Perspectivas sociológicas: uma visão humanística. Rio de Janeiro, Vozes, 2001.
BRANDÃO, C. F. O ensino profissional no Plano Nacional de Educação: as questões da oferta, do atendimento e da formação profissional. Camine, Caminhos da Educação, v. 3, 2011.
BRANDÃO, C. R. O que é educação. São Paulo, Brasiliense, 2007.
CUNHA BUENO, M. G. R. Feminismo e Direito Penal. Dissertação. USP, 2011.
DIAS, T.; CARIO, S. A relação entre Estado e sociedade no século XXI: a perspectiva paraeconômica como estratégia neodesenvolvimentista. Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL). ILPES, Nações Unidas, Santiago, Chile, 2014.
FERREIRA, M. J. R. Educação profissional técnica e escolarização feminina: entre o silêncio e a interdição. Seminário Internacional Fazendo Gênero 10 (Anais Eletrônicos), Florianópolis, 2013.
FOUCAULT, M. Estratégia, poder-saber. Rio de Janeiro, Forense Universitária, 2010.
FRIGOTTO, G. Política e gestão educacional na contemporaneidade. In: FERREIRA, E. B. & OLIVEIRA, D. A. (Orgs.) Crise da escola e políticas educativas. Belo Horizonte, Autêntica Editora, 2009.
GOERGEN, P. Educação superior na perspectiva do sistema e do Plano Nacional de Educação. Educ. Soc., Campinas, v. 31, n. 112, p. 895-917, jul.-set. 2010.
GUIMARÃES, M; SILVA, M. C. M. As políticas de Educação Tecnológica para o Brasil do século XX. In: MOLL, J. e colaboradores (Org.). Educação Profissional e Tecnológica no Brasil Contemporâneo: desafios, tensões e possibilidades. Porto Alegre, Artmed, 2010.
HAUG, F. Para uma teoria das relações de gênero. In: Boron, A.; Amadeo, J.; González, S. (Org.). A teoria marxista hoje: problemas e perspectivas. Buenos Aires, Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales, 2006.
HIRATA, H. Tecnologia, formação profissional e relações de gênero no trabalho. Revista Educação e Tecnologia. CEFETs, PR/MG/RJ, 2011.
IANNI, O. Enigmas da Modernidade-Mundo. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 2000.
IASI, M. L. Olhar o mundo com olhos de mulher. Instituto Internacional de Investigação e Formação. Amsterdã, Holanda, 1991.
KOLLONTAY, Alejandra. El marxismo y la nueva moral sexual. Traducción de Carlos Castro. México, D. F., Editorial Grijalbo, 1977.
KUENZER, A. Z. Ensino Médio e Profissional: as políticas do Estado Neoliberal. São Paulo, Cortez, 2007.
______. As políticas de educação profissional: uma reflexão necessária. In: MOLL, Jaqueline (Org.). Educação profissional e tecnológica no Brasil contemporâneo: desafios, tensões e possibilidades. São Paulo, Artmed, 2010.
LIMA JUNIOR, L. P. Gênero e educação. Conc. João Pessoa, v. 4, n. 6, p. 1-180, Jul./Dez., 2001.
MANFREDI, S. M. Educação profissional no Brasil. São Paulo, Cortez, 2002.
PERONI, V. M. V. As relações entre o público e o privado nas políticas educacionais no contexto da terceira via. Currículo sem fronteiras, v. 13, n. 2, p. 234-255, maio/ago. 2013.
SAFFIOTI, H. I. B. Primórdios do conceito de gênero. Cadernos Pagu, Campinas, 1999.
SANFELICE, J. L. Reforma do Estado e da Educação no Brasil de FHC. Educ. Soc., Campinas, vol. 24, n. 85, p. 1391-1398, dez. 2003.
SAVIANI, D. O plano de desenvolvimento da educação: análise do projeto do MEC. Educ. Soc., Campinas, v. 28, n. 100 – Especial, p. 1231-1255, out. 2007.
______. História das ideias pedagógicas no Brasil. Campinas, São Paulo, Autores Associados, 2008.
WERMELINGER, M.; MACHADO, M. H.; AMÂNCIO FILHO, A. Políticas de educação profissional: referências e perspectivas. Ensaio: Aval. Pol. Públ. Educ., Rio de Janeiro, v. 15, n. 55, 2007.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Os artigos encaminhados para publição na revista ITINERARIUS REFLECTIONIS deverão ser originais e não publicados ou propostos para tal fim em outra revista. Aceitam-se artigos escritos em Português, Espanhol e Inglês. A revista ITINERARIUS REFLECTIONIS se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores. As provas finais não serão enviadas aos autores. Texto sobre Copyright do conteúdo da Revista.