Professores e alunos da eja no contexto pandêmico: práticas de alfabetização em análise
DOI:
https://doi.org/10.69843/rir.v19i1.71235Resumo
Este artigo busca refletir sobre uma prática de alfabetização para a EJA ofertada por um sistema público de ensino, no contexto da pandemia da Covid-19. O pressuposto deste trabalho parte da afirmação de que uma prática de alfabetização na relação com a EJA deve partir dos sujeitos contextualizados pela sua história, pela sua cultura. Metodologicamente, trata-se de um estudo qualitativo e quantitativo, com base em uma pesquisa bibliográfica e em fontes documentais, realizada em duas escolas da rede pública de ensino. Foi aplicado um questionário junto a professores e alunos dos Ciclos I e II da EJA. A organização e o tratamento dos dados fundamentam-se na análise de conteúdo. Os dados indicam que os professores se deparam com limites bem visíveis nas atividades de alfabetização no formato remoto. Acompanhar o desempenho educacional por meio das atividades de leitura e de escrita, manter o isolamento social e não ter acesso a outros recursos tecnológicos configuram esses limites. Sobre os alunos, a precariedade do sinal de internet para download dos vídeos disponibilizados para acompanhamento das aulas, a ausência do professor para o apoio pedagógico e a dificuldade para manusear o telefone celular evidenciam também os desafios da oferta do ensino remoto. De um modo geral, os efeitos do isolamento social produzem efeitos preocupantes na frágil relação entre o direito à educação e os sujeitos da EJA. Ainda que seja importante registrar os avanços da relação entre a Educação de Jovens e Adultos e Alfabetização, tanto do ponto de vista teórico quanto prático na história da educação brasileira, por outro lado, é impossível ignorar os dados coletados nesta investigação, os quais destacam os efeitos preocupantes/negativos das práticas de alfabetização ofertadas na modalidade remota ou híbrida.
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