SEI QUE EXISTE, MAS NÃO QUERO ACREDITAR: BULLYING NA EDUCAÇÃO

Autores

  • Darcy Rodrigues da Silva Faculdade de Teologia e Filosofia Fides Reformata – FATEEFFIR
  • Laís Leni Oliveira Lima Universidade Federal de Goiás (UFG) - Regional Jataí

DOI:

https://doi.org/10.5216/rir.v11i1.37262

Palavras-chave:

Bullying-escolar. Violência. Educação.

Resumo

Este trabalho[1] objetiva compreender a violência no ambiente escolar, visto que esse fenômeno tem sido um problema cada vez mais frequente, o que preocupa pesquisadores/educadores, pais, sociedade e atores políticos. O termo bullying, em inglês, refere-se a um conjunto de práticas agressivas intencionais e repetidas, que ocorre sem motivação evidente, marcado por desequilíbrio de forças, adotado por um ou mais indivíduo contra outro(s). Causa dor, angústia e sofrimento que acarretam danos às relações sociais. As consequências podem ser desastrosas, incluindo-se nesse rol desde a repetência, evasão escolar, isolamento, depressão e, em casos extremos, suicídio e homicídio. Portanto, merece intervenções de profissionais de áreas específicas, atuação em equipe com envolvimento da família, escola e comunidade. Sabemos que a superação da violência não é tarefa exclusiva da educação escolar, entretanto, entendemos que esta tem um papel fundamental no processo de construção e transformação da sociedade. Objetivamos alertar a sociedade dos prejuízos que essa violência causa na vida das pessoas, bem como convidá-la a sensibilizar-se para, pelo menos, colaborar com práticas anti-bullying para amenizar essa violência. A abordagem metodológica utilizada no decorrer da pesquisa é um estudo de caráter exploratório com procedimentos qualitativos sem abandonar elementos quantitativos, a fim se perceber as diferentes manifestações do bullying escolar. Utilizamos ainda de observações, diálogos, entrevistas semi-estruturadas, questionários. Recorremos a diferentes autores para subsidiar nossas reflexões, tais como: Ludke e André (1986), Fante (2005), Fante e Pedra (2008), Saviani (2015) entre outros. Os sujeitos da pesquisa foram alunos do 4º ao 8º ano do Ensino Fundamental e equipe escolar da rede pública municipal de ensino, vinculados à “Escola Fonte do Saber[2]”, que responderam um questionário semiestruturado. De modo geral, os resultados indicaram que a escola enfrenta esse tipo de violência em seu cotidiano. A pesquisa revela que o fenômeno bullying é reconhecido como problema de ordem social e relacional, que sofre influência de diversos sistemas, tais como: social, político, econômico, cultural, histórico/familiar e do próprio ambiente em que o indivíduo está inserido. Essa violência deve ser analisada com participação e união de toda comunidade, escola e pessoas comprometidas com o desenvolvimento das crianças e adolescentes. Dessa forma, podemos tornar o ambiente escolar mais seguro para todos.


[1] Este estudo refere-se a uma pesquisa de dissertação, realizada no Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Teologia e Filosofia Fides Reformata – FATEEFFIR, do Mestrado em Educação Holística, 2014. Trazemos neste texto, parte dos dados desta pesquisa.

[2] Os sujeitos entrevistados não terão identificações pessoais, nem o local onde foi realizado a pesquisa (escola, cidade). Utilizaremos nomes fictícios.

 

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Biografia do Autor

Darcy Rodrigues da Silva, Faculdade de Teologia e Filosofia Fides Reformata – FATEEFFIR

Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Teologia e Filosofia Fides Reformata – FATEEFFIR, Mestrado em Educação Holística, 2014

Laís Leni Oliveira Lima, Universidade Federal de Goiás (UFG) - Regional Jataí

Doutora em Educação. Docente no curso de Pedagogia da Universidade Federal de Goiás (UFG) - Regional Jataí.

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Publicado

2015-08-18

Como Citar

SILVA, Darcy Rodrigues da; LIMA, Laís Leni Oliveira. SEI QUE EXISTE, MAS NÃO QUERO ACREDITAR: BULLYING NA EDUCAÇÃO. Itinerarius Reflectionis, Jataí-GO., v. 11, n. 1, 2015. DOI: 10.5216/rir.v11i1.37262. Disponível em: https://revistasufj.emnuvens.com.br/rir/article/view/37262. Acesso em: 12 nov. 2024.