Considerações sobre a formação clínica do estudante no Serviço de Psicologia Aplicada (SPA)
DOI:
https://doi.org/10.5216/rir.v16i4.65977Resumo
Este artigo tem como objetivo tecer algumas considerações teóricas e experienciais sobre a formação clínica de estagiários de Psicologia a partir dos pressupostos da terapia centrada no cliente dentro do Serviço de Psicologia Aplicada (SPA). Inicialmente, descreve-se o terapeuta, suas características pessoais e profissionais e a influência destas no processo terapêutico. Além disso, pondera-se sobre a supervisão e seus pressupostos essenciais e apresenta-se a versão de sentido como uma estratégia enriquecedora para a formação durante a prática supervisionada. São feitas algumas considerações sobre o Serviço de Psicologia Aplicada, tendo em vista as orientações para a formação contidas nas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) e as críticas em relação à prática clínica tradicional. Em seguida, faz-se um relato da experiência das práticas de estágio e extensão realizadas no SPA como parte da formação do psicólogo. Destaca-se as contribuições da relação na valorização do humano e na formação profissional, tanto na experiência vivenciada durante as supervisões quanto nas sessões com os clientes e com os demais profissionais que compartilham o SPA. Conclui-se que a formação clínica proporciona as condições para que o psicólogo tenha uma postura que valoriza o potencial humano para lidar com os desafios e conflitos inerentes às relações, de maneira crítica e reflexiva. Dentre os desafios ainda por serem superados, destaca-se a valorização institucional do Serviço de Psicologia; a construção de um espaço físico específico e adequado às necessidades dos usuários; a necessidade de ampliar o diálogo entre as diferentes abordagens teóricas e a aproximação das práticas realizadas no Serviço de Psicologia Aplicada, o que poderá fomentar uma visão mais plural e generalista do papel do psicólogo e da sua atuação em meio às questões sociais contemporâneas.
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