AVALIAÇÃO DE FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR EM PESSOAS COM DIABETES MELLITUS E HIPERTENSÃO ARTERIAL NA ESTRATÉGICA DE SAÚDE DA FAMÍLIA
DOI:
https://doi.org/10.5216/rir.v14i4.54967Palavras-chave:
Fatores de risco, Estratégia Saúde da Família, Educação em saúde.Resumo
Diabetes mellitus (DM) e hipertensão arterial sistêmica (HA) são doenças crônicas não transmissíveis e representam um desafio para os profissionais de saúde por ser multifatorial e complexa. Tivemos como objetivo avaliar os fatores de risco cardiovascular das pessoas atendidas no programa para atendimento de diabéticos e hipertensos da estratégia de saúde da família. Estudo documental, quantitativo, realizado a partir de dados secundários de cadastros de usuários que foram atendidas entre 2006 a 2011 em unidades de saúde de Jataí-GO. O estudo foi aprovado no Comitê de Ética e Pesquisa da UFG, protocolo 223/2012. Foram analisados 1356 registros de pessoas atendidas no programa, destes 61,2% era do sexo feminino, 50,9% apresentava faixa etária acima de 60 anos, 10% das pessoas tinham diagnóstico de diabetes mellitus (DM) e 60,5% de hipertensão arterial sistêmica (HA). Na análise de proporção relativa ao sexo, identificaram-se diferença quanto a antecedentes familiares, tabagismo, IMC e sobrepeso. A análise de associação de variáveis contínuas revelou diferença quanto ao IMC, PAS e PAD. 42,1 % dos registros de pessoas com HA e/ou DM e com IMC ? 25 Kg/m², apresentaram PAD e/PAS elevados. 61,7% dos cadastrados estavam com pressão arterial elevada. Em relação às alterações antropométricas, 71,8% encontrava-se com índice de massa corporal acima dos valores recomendados e 77,6% com circunferência da cintura (CC). Havia lacunas em 514 (38%) nos registros de CC, um exame físico de baixo custo e de fácil realização. Os resultados revelam multifatoriedade de exposição à fatores antropométricos, hereditários e pressão arterial elevada. O estudo revelou um perfil de fatores de riscos aos quais as pessoas estão expostas e suas vulnerabilidades, da mesma forma que evidenciou a falta de informações clínicas necessários para a tomada de decisões e estratégias no manejo recomendado para os usuários com estes agravos. Este estudo revelam fragilidades nos registros e coexistência de fatores de risco aos quais as pessoas atendidas estão expostas e assim, requer estratégias na política de atenção aos hipertensos e diabéticos no município.Downloads
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