SOBRE O EXERCÍCIO DA PROFISSÃO DOCENTE: MOTIVAÇÕES INICIAIS E AS INTERFERÊNCIAS DA FORMAÇÃO INICIAL
DOI:
https://doi.org/10.5216/rir.v14i1.50200Palavras-chave:
Motivação, Pedagogia, Formação inicial.Resumo
Neste artigo trazemos um substrato dos dados obtidos na pesquisa realizada no âmbito do Grupo de Pesquisa Profissão docente: Formação, Identidade e Representações Sociais (GPDFIRS), com caráter qualitativo, longitudinal, junto a estudantes de dois cursos de Pedagogia, de distintas regiões brasileiras, com objetivo geral de compreender como se dá a evolução da aprendizagem profissional no processo de formação inicial para a docência. Dessa forma, o recorte ora apresentado refere-se à análise das respostas obtidas através do uso de questionário misto respondido pelos estudantes, em três momentos distintos do processo de formação inicial, acerca de sua motivação sobre a possibilidade de ser professor (a) dos anos iniciais do Ensino Fundamental. Na análise dos dados notamos que, apesar de uma boa porcentagem dos participantes declarar um sentimento de motivação com a chance de ser professor da educação básica, no início e no final do curso, há um relativo decréscimo no percentual. Nesse contexto, as considerações a que chegamos dizem respeito à necessidade de inserir em programas de formação inicial de professores a discussão sobre a dimensão motivacional da profissão; de abrir espaço para a reflexão sobre e nas práticas formativas, que procurem assegurar momentos de debate e trocas de experiências entre os estudantes e seus formadores, de maneira que as narrativas de ambos produzam saberes que sedimentem uma escolha consciente pela carreira e possibilitem o exercício da docência, para além da garantia da empregabilidade.Downloads
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