INDÍCIOS, PISTAS E SINAIS: INTERLOCUÇÃO ENTRE PROFESSOR E BEBÊ NA CRECHE
DOI:
https://doi.org/10.5216/rir.v14i1.48930Palavras-chave:
Bebês, Sinais, Práticas pedagógicas.Resumo
De modo geral, os bebês nas creches são vistos como seres passivos e incapazes. Tais concepções desencadeiam práticas de cunho assistencialistas, focadas na higiene, alimentação, sono e a proteção. Temos clareza da necessidade e importância de práticas voltadas ao cuidado do bebê, porém insuficientes para garantir o desenvolvimento infantil em suas máximas possibilidades. De natureza teórica, o objetivo deste texto é apresentar e discutir, à luz da teoria histórico-cultural, o bebê, como herdeiro de um sistema nervoso que lhe permite ser ativo nas relações que estabelece e, assim, emitir indícios, pistas ou sinais de suas necessidades internas, portanto, passíveis de serem captadas e atendidas pelo olhar atento do professor interessado em contribuir com o seu desenvolvimento. Nesta direção, destacamos a postura e o olhar do professor que ao dirigir sua atenção ao bebê e suas manifestações, capta indícios que o auxiliem no planejamento das vivências promotoras do desenvolvimento infantil. Por fim, concluímos que essas manifestações convidam os professores a estabelecer interlocuções com os bebês que atendem na creche. Acolher e atender as necessidades internas dos bebês significa coloca-los no centro do planejamento pedagógico.
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