AGROTÓXICOS: UMA PROPOSTA INTERDISCIPLINAR NO ENSINO MÉDIO EM UMA ESCOLA DO CAMPO NO DISTRITO DE IPEZAL/MS

Autores

  • Stela de Almeida Soares Escola Estadual Luís Vaz de Camões
  • Airton José Vinholi Júnior Instituto Federal de Mato Grosso do Sul - câmpus Ponta Porã

DOI:

https://doi.org/10.5216/rir.v14i1.47377

Palavras-chave:

Percepção ambiental, Agronegócio, Defensivos agrícolas.

Resumo

Este estudo teve como objetivo a realização de um diagnóstico do processo de ensino e de aprendizagem, tendo como eixo norteador o tema Agrotóxico. A partir desta temática, foram propostas aulas que abordaram conteúdos elencados nos componentes curriculares de história, geografia, biologia, química e língua portuguesa, visando oferecer aos estudantes e professores sugestões de aulas interdisciplinares. Inicialmente, foi realizado um diagnóstico dos conhecimentos prévios que os estudantes têm sobre os agrotóxicos. As demais etapas do projeto foram estruturadas após a análise desses conhecimentos de estudantes do ensino médio em uma escola localizada no distrito de Ipezal, munícipio de Angélica, Mato Grosso do Sul (MS). A referida escola é considerada do campo e possui o eixo temático Terra, Vida e Trabalho (TVT), porém nunca abordou o tema Agrotóxico no âmbito da pesquisa acadêmica entre a comunidade interna. Ademais, os estudantes convivem com o agronegócio intenso na região, uma vez que o município concentra lavouras ao redor e também seis usinas de álcool e açúcar em seu entorno. Por conta de tais fatores, foi realizado o diagnóstico para que, posteriormente, pudessem ser oferecidas sugestões de aplicação de metodologias didáticas que viessem a atender os interesses e os conhecimentos prévios dos estudantes. O trabalho alcançou pontos positivos, principalmente no que se refere aos danos causados por agrotóxicos na população, pois de acordo com as respostas dos estudantes, todos podem ser prejudicados quanto à saúde. 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Stela de Almeida Soares, Escola Estadual Luís Vaz de Camões

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (2006), mestrado em Entomologia e Conservação da Biodiversidade pela Universidade Federal da Grande Dourados (2009) e Doutorado em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Paraná (2013). Tem experiência na área de Ecologia, com ênfase em Entomologia, atuando principalmente nos seguintes temas: ecologia de comunidades de formigas, coocorrência e distribuição espaço/temporal, polinização por abelhas e etologia.

Airton José Vinholi Júnior, Instituto Federal de Mato Grosso do Sul - câmpus Ponta Porã

É licenciado e bacharel em Ciências Biológicas, Mestre em Ensino de Ciências e Doutor em Educação pela UFMS. Tem experiência em projetos de pesquisa em áreas de Cerrado, Pantanal e Amazônia. É servidor docente do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul e atualmente exerce a função de Pró-Reitor de Extensão do IFMS. Participa do Grupo de Pesquisa Educação e Gestão Ambiental (GEPEA-MS) e é membro do Grupo Interdisciplinar de Pesquisa em Ensino de Ciências (GINPEC). Atua no Programa de Pós-Graduação (Mestrado) em Ensino de Ciências da UFMS como docente e orientador, por meio de cooperação técnica IFMS-UFMS. É docente do Programa de Pós-Graduação (Mestrado) em Educação Profissional e Tecnológica (ProfEPT) do IFMS. Tem experiência na Educação Ambiental e no Ensino de Ciências, atuando principalmente nos seguintes temas: Aprendizagem Significativa (TAS), Modelagem Didática e Ensino de Biologia. Membro do Banco de Avaliadores do Pronatec/Bolsa-Formação (SETEC/MEC).

Referências

BRASIL. Lei 6.938, de 31 de agosto de 1981. Disponível em: http://www.sigam.ambiente.sp.gov.br/sigam2/legisla%C3%A7%C3%A3o%20ambiental/lei%20fed%201981_6938.pdf. Acesso:11/09/2016.

BRASIL, Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros curriculares Nacionais: ensino médio/Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica - Brasília: Ministério da Educação, 1999, 364p.

CARNEIRO, F. F. 2015. Dossiê ABRASCO: um alerta sobre os impactos dos agrotóxicos na saúde. Organização de Fernando Ferreira Carneiro, Lia Giraldo da Silva Augusto, Raquel Maria Rigotto, Karen Friedrich e André Campos Búrigo. - Rio de Janeiro: EPSJV; São Paulo: Expressão Popular, 2015. 624 p.

GADOTTI, M. Pedagogia da Terra. Moacir Gadotti: Prefácio São Paulo: Petrópolis. 2000.

CARSON R. - História do Agrotóxico, - Primavera Silenciosa (Silent Spring), disponível em < http://www.planetaorganico.com.br/agrothist1.htm >, acesso em: 11/09/2016.

KOZEL, S.; COSTA SILVA, J.; GIL FILHO, S.F. 2007. Da percepção e cognição à representação: reconstruções teóricas da geografia cultural e humanista. São Paulo: Terceira Margem; Curitiba: NEER, 2007.

SANTOS, W. L. P. 2007. Contextualização no ensino de ciências por meio de temas CTS em uma perspectiva crítica. Ciência & Ensino, (1), número especial, 1-12.

SEIDEL, V. S., 2008. FOLETO Eliane Maria. Propostas de ações em educação ambiental visando a efetivação da legislação ambiental em áreas rurais no município de Santa Maria - Geografia - v. 17, n. 1, jan./jun. 2008 – Universidade Estadual de Londrina, Departamento de Geociências.

SILVA, J. M.; NOVATO-SILVA, E.; FARIA, H. P. & PINHEIRO, T. M. M. 2005. Agrotóxico e trabalho: uma combinação perigosa para a saúde do trabalhador rural. Ciências & saúde coletiva [online]. 2005, vol. 10, pp.891-903.

TEIXEIRA, J.D., 2005. Modernização da agricultura no Brasil: impactos econômicos, sociais e ambientais. Revista Eletrônica da Associação dos Geógrafos Brasileiros – Seção Três Lagoas.

Downloads

Publicado

2018-03-13

Como Citar

SOARES, Stela de Almeida; VINHOLI JÚNIOR, Airton José. AGROTÓXICOS: UMA PROPOSTA INTERDISCIPLINAR NO ENSINO MÉDIO EM UMA ESCOLA DO CAMPO NO DISTRITO DE IPEZAL/MS. Itinerarius Reflectionis, Jataí-GO., v. 14, n. 1, p. 01–23, 2018. DOI: 10.5216/rir.v14i1.47377. Disponível em: https://revistasufj.emnuvens.com.br/rir/article/view/47377. Acesso em: 9 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos Livres