APONTAMENTOS DE EPISTEMOLOGIA AMBIENTAL
DOI:
https://doi.org/10.5216/revgeoamb.v0i21.27844Resumo
Resumo
A alienação e o pensamento fetichizado podem retirar do ser humano a capacidade de sonhar, de ter utopia, principalmente por não identificar a aparência fenomênica da sua essência. Indistinção como essa obstaculiza compreender a gênese da questão ambiental como conseqüência inexorável do avanço capitalista. Por isso uma das questões que será debatida nesse texto consiste em refletir sobre o seguinte questionamento: até que ponto a questão ambiental é conseqüência do avanço do modo de produção capitalista? Esse debate está presente na primeira parte desse texto entendendo a questão ambiental como questão política. Na segunda parte estão reunidas diversas análises as quais visam compreender o engendramento da cultura burguesa como componente indispensável do modo de produção capitalista. E, na terceira parte, procura traçar pontos de contato entre a epistemologia ambiental e a teoria lukacsiana visando demonstrar a insustentável racionalidade da economia de mercado que é impulsionada pelo pensamento fetichizado e que será superado na medida em que se construir uma epistemologia ambiental concebendo os impactos ambientais como conseqüência do avanço capitalista. Conclui-se, portanto, a urgente tarefa de fazer emergir a epistemologia ambiental problematizando a histórica e insustentável racionalidade de mercado, bem como incorporá-la ao debate sobre o desenvolvimento elegendo novos modelos interpretativos.
Palavras-chave: questão ambiental; pensamento fetichizado; avanço capitalista
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