PAISAGEM E GEOSSISTEMA: CONTEXTO HISTÓRICO E ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

Resumo

O presente trabalho versa sobre a discussão de Paisagem e Geossistema, analisando as evidências, divergências e aplicabilidade desses dois conceitos. Assim, é retomado a problemática da concepção e classificação de paisagem e geossistema dentro de um contexto geográfico e histórico. Nesse sentido, objetiva-se realizar uma breve análise sobre o contexto histórico e teórico-metodológico, estabelecendo uma analogia entre a Paisagem, realidade concreta, e o Geossistema, modelo teórico, dois conceitos que, além de se confundirem, se fazem uma incógnita e continuam inacabados dentro da Geografia Física. Nessa discussão o conceito de Paisagem, aceita como uma definição polissêmica, é abordado enquanto processo de formação, enfoque mais próxima da Geografia Física, e não como uma realidade em transformação antrópica, discutindo, de maneira singular, os elementos formadores dessa categoria. A concepção de Sistemas Geográficos é definida como aquela aceita por Sotchava e Bertrand, seus criadores e sistematizadores, discutida por Troppmair (2004) e apresentada por Passos (2006), ou seja, a de que os geossistemas são os sistemas naturais, de nível local, regional ou global, nos quais o substrato mineral, o solo, as comunidades de seres vivos, a água e as massas de ar, particulares às diversas subdivisões da superfície terrestre, são interconectados por fluxos de matéria e de energia, em um só conjunto. Assim, como resultado, é evidenciado o geossistema como uma nova forma de os geógrafos analisarem e interpretarem as paisagens.